Qual o risco de comprar imóvel em leilão
- Inaise Rodrigues
- 11 de jul. de 2024
- 3 min de leitura
Para aqueles que buscam investimentos com alta rentabilidade, o mercado de leilões de imóveis é o que chamamos de “oceano azul” de possibilidades, uma vez que os imóveis, geralmente, são arrematados com descontos que variam de 40% a 60% de seu valor de mercado.
Porém, para que a arrematação ocorra de forma segura, evitando surpresas no futuro, é preciso uma análise do procedimento para verificar o respeito à lei e à idoneidade do leiloeiro, evitando golpes.
Nesse texto te mostro como fazer do mercado de leilões um negócio de alta lucratividade para que você arremate imóveis com tranquilidade e economia.
O que você precisa saber antes de entrar no mercado de leilões?
Os leilões de imóveis têm atraído cada vez mais investidores que buscam bons negócios. Isso, porque, diante da grave crise econômica gerada pela pandemia de Covid-19, muitos brasileiros não mais honraram com seus compromissos, acarretando aumento da inadimplência.
Para ingressar neste promissor mercado, é importante que você saiba que existem dois tipos de leilões: extrajudiciais e judiciais.
Os leilões extrajudiciais são aqueles decorrentes dos contratos de financiamento habitacional com alienação fiduciária. Ou seja, os contratos de financiamento do programa minha casa minha vida, nos quais os mutuários – compradores – não honram com os pagamentos e o banco retoma o imóvel realizando o leilão para quitar a dívida em aberto.
Já os leilões judiciais são aqueles que decorrem de processos judiciais, sejam eles execuções de dívidas entre particulares ou mesmo por inadimplência de despesas ligadas ao próprio bem, como por exemplo, a falta de pagamento do IPTU ou contribuição de condomínio.
Independente da modalidade do leilão, é fundamental que você, investidor, saiba que há regramentos jurídicos específicos para cada tipo de leilão e que a ausência de uma análise aprofundada por profissional especialista na área pode levar à anulação do leilão, fazendo com que você, arrematante, fique sem o imóvel.
O que preciso para participar de leilões?
Atualmente, o mercado de leilões é muito maior nos meios digitais, podendo o investidor buscar bons negócios referente a imóveis localizados por todo o Brasil.
São inúmeros os portais de leiloeiros que, diariamente, apresentam anúncios de novos imóveis disponíveis para arrematação.
Após localizar uma boa oportunidade, o interessado deverá realizar um cadastro diretamente no site do leiloeiro e promover sua habilitação para promover lances sobre aquele imóvel em específico. Entretanto, antes mesmo da habilitação, ao localizar um imóvel de seu interesse, recomendamos que busque por uma advogada com conhecimento específico no mercado de leilões, a fim de averiguar a real situação do imóvel e realizar análise jurídica dos riscos do investimento, indicando formas mais econômicas de arrematação em respeito à legislação.
Com a análise jurídica de levantamento dos riscos em mãos, o investidor deverá realizar a habilitação e nos dias determinados ofertar seus lances para o imóvel.
Como não cair em golpes e lucrar com leilões?
O lucro com leilões está ligado à averiguação dos riscos da arrematação. Por isso, é muito importante contar com assessoria jurídica para análise dos procedimentos legais e riscos inerentes à atividade.
A economia da arrematação deve ser apurada em conjunto com as possibilidades jurídicas de liberação do imóvel ou eventual falha no procedimento, já que qualquer desrespeito ao rito da lei pode fazer com que o leilão seja anulado, prejudicando o arrematante, que poderá perder o negócio.
Portanto, para ingressar no mercado de leilões garantindo a possibilidade de concretização de bons investimentos, é essencial uma análise do imóvel, dos devedores e dos procedimentos legais que habilitaram o bem ao leilão. Esse tipo de levantamento prévio demanda conhecimentos jurídicos que apenas um advogado especialista em imóveis possui.
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